segunda-feira, 15 de março de 2010

Poema ao Sol

Um dia como os outros
Assim pensara ser
Mas a manhã cinza e chuvosa passou
E a tarde veio a devolver
O Sol que ali faltava
A luz que me ajuda a ver
O caminho entre a escuridão
Que faz o tempo voltar a ser
De uma beleza escultural
Que ninguém mais verá igual
A não ser que encontre como eu
Entre o cinza a luz do Sol

E mesmo com todas as milhas que nos separam
Sinto a tua presença cada vez mais forte
Então descobri, preciso de você
Assim como as rosas precisam da chuva
Preciso de ti, assim como o poeta precisa da dor
E pode todo o tempo se passar
A tempestade se formar
Seja como for
Pois não há nada neste mundo
Que te venha a sobrepor
E que afaste do meu corpo
A luz do teu calor

quarta-feira, 3 de março de 2010

Fragmentos ao Vento

O Som negativo
Que vem de sua voz
Rasgou meus ouvidos
Transformou meu coração
Em fragmentos ao vento
E a estátua que se travaja de beleza
Agora está vestida de ruínas
E em teus olhos gris e tristes, já não sinto poesia

Porque se omitir?
Se é mentir a si mesmo
E agora, a verdade que escorre em teu rosto
Toca e morre em seus lábios,
Como um dia eu mesmo quis
E mesmo com olhos frios, distantes, vermelhos, turvos de melancolia
Tenho fé em um novo dia
De gris à sete tons de cores vivas
E de novo a alegria no meu coração irá morar
(Douglas Gallagher)